quarta-feira, 19 de maio de 2010

Penumbra

Nunca encontrei

Alguém como eu.

Que odeie os dias tristes

E se alegre quando os encontra.


Olho pela janela e vejo o dia voraz

As folhas agitadas

O vento sem paz

As pessoas molhadas.


O toque do piano

Em tom melancólico.

O céu escuro encantando o poeta

De coração bucólico.


O poste segurando os fios

Ameaçando romper.

O cinamomo inclinado

O tempo a se perder...


A lâmpada do poste

Começando a ligar.

Meu coração romântico

Sempre disposto a chorar.


E num cenário como este

Meu coração se enche de paz.

A voracidade do tempo

Não me parece audaz.


Posso sorrir alegre

Satisfeito com a tristeza.

Pois é na diversidade

Que encontro minha felicidade.


Se hoje choro,

Amanha sorrirei.

Nisto, triste é a alegria,

Pois lhe resta o choro do amanha.

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