sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A quem adoramos?



Sl 115.4-8 Têm boca, mas não podem falar, olhos, mas não podem ver; têm ouvidos, mas não podem ouvir, nariz, mas não podem sentir cheiro; têm mãos, mas nada podem apalpar, pés, mas não podem andar; e não emitem som algum com sua garganta. Tornem-se como eles os que os fazem e todos os que neles confiam.


         O salmista descreve as características dos deuses das outras nações e roga que os que os seguem se tornem como eles.
         Tenho a impressão de que em toda a Bíblia passa-se a ideia de que nos tornamos mais parecidos daquilo/daquele a quem adoramos. E se o salmista fala todas estas características negativas dos falsos deuses, o Deus Verdadeiro precisa ser justamente o oposto. Alguém que age, que fala, que se move, que enxerga... Nunca essa verdade foi tão latente como no período posterior ao nascimento de Cristo. Deus andou conosco, olhou nos nossos olhos, comeu nossa comida. Pois é, Ele mostrou como se vive de verdade, como ser feliz e fazer os outros felizes... E adorar a Deus, precisa necessariamente refletir em sermos mais parecidos com Jesus. Por isso muitas vezes me pergunto qual o Deus que temos adorado.
         Têm boca, mas não podem falar: Esse dá ‘pano pra manga’. Jesus é o verbo (Jo 1.1). Deus criou pela palavra (Gn 1.3). Logo, alguém semelhante a Jesus, ou no contexto do salmo, um adorador do Senhor, precisa ser alguém que tem voz! E não é isso que temos visto; e quando temos visto, tem sido de forma autodestrutiva, pastores e líderes dando ‘tiro no pé’.
         Ou os crentes tem se calado e se omitido ou tem usado todo seu poder de persuasão lutando uns contra os outros. Eu critico os hereges, mas critico mais ainda àqueles que apenas levantam críticas destrutivas. De um lado ficam os crentes que parecem até adoradores de ídolos... Leis e projetos sendo levantados contra o que a Bíblia ensina e ficamos quietos... Políticos roubando e ficamos quietos (ao invés de no mínimo orarmos). Religiões que afrontam Deus se proliferando, e ficamos quietos... Afinal, que deus que adoramos? Se é o Deus da Bíblia, então precisamos abrir nossa boca! Abrir e anunciar poderosamente o evangelho, e o evangelho de forma integral, a salvação nas dimensões espirituais, emocionais e físicas. A cura dos traumas, a libertação espiritual, e a possibilidade de uma realidade social diferente... E então já entramos no próximo tópico:
Olhos, mas não podem ver: Um adorador do Senhor, precisa ser alguém que enxerga além de sua própria realidade. Alguém que procura se colocar no lugar do próximo. Não somente analisar a atitude de alguém, mas o porquê de tal atitude. Não apenas olhar a prostituta, mas o motivo pelo qual faz isso. Não olhar apenas o usuário de drogas, mas a realidade social, o sistema que propicia que isso aconteça e que precisa ser mudado! Um adorador do Senhor é alguém que vê a realidade alheia com os olhos do Espírito Santo. Que vê a realidade de outrem com os olhos daquele que morreu na cruz por toda a humanidade... Para que todo aquele que ouvisse suas palavras e crendo as praticasse, viesse a ser um discípulo, um salvo (Jo 8.31; Lc 6.47; Jo 3.16).
Têm ouvidos, mas não podem ouvir: Dias de egoísmo... No campo, presume-se que haja paz e na cidade agitação. No campo, comunidades e nas cidades individualismo. E nas igrejas? Paz (Jo 14.27)! Entretanto nós conseguimos trazer a realidade das cidades para dentro das igrejas. E nos tonarmos semelhantes aos deuses que adoramos. Os ouvidos estão cheios do som das buzinas, dos mp sei lá o que ligados a todo volume; do som das máquinas, do barulho das moedas... E nossos ouvidos estão surdos às palavras de nossos semelhantes, estes, que Cristo tanto ama! Não conseguimos ganhar mais gente porque não os ouvimos! E quando não ouvimos alguém, na realidade estamos dizendo para a pessoa: Não to nem ai pra você! E Jesus chora! Se Ele chorou por um morto que ressuscitaria a seguir (Jo 11.35), quanto mais chora por tantas pessoas a quem nós, os santos, sacerdotes reais, eleitos.. Ignoramos! Acho que estamos adorando outros deuses, porque um adorador de Jesus jamais deixaria de ouvir o choro do coração de uma pessoa...
Nariz, mas não podem sentir cheiro: Sabia que o olfato está intimamente ligado ao paladar? Seu olfato te faz sentir se algo está saboroso ou estragado. Se alguém está perfumado ou com odor... Resumindo, pelo nariz você identifica o bom e o ruim. O agradável e o abominável. Caminhamos a passos largos para um século dominado pelo pseudo-liberalismo, onde vale tudo, menos o que a Bíblia ensina. Tudo, exceto o certo. Os crentes estão com o olfato, no mínimo funcionando mal. Perdeu-se o norte, perdeu-se a moral, a direção... Não existe mais certo e errado, tudo é uma questão de cultura, de escolha... Não! Aproxime-se do Senhor, assemelhe-se a ele e tenha seu olfato aguçado. Deixe o Espírito agir em seu coração e sentirás o odor, saberás que tem muita coisa estragada que estão servindo em nosso prato. Aproxime-se do Senhor, e sentirás o cheiro de um coração amargurado mesmo que por debaixo de muito perfume... Pois não adianta por tênis limpo sem lavar o pé... E tem mais: Sentimos o cheiro quando nos aproximamos. Um servo de Cristo discerne o cheiro dos corações porque se aproxima o suficiente para tal.
Têm mãos, mas nada podem apalpar, pés, mas não podem andar: Por último, reflitamos se temos adorado a um deus ou a Deus através de nossas ações. Se falarmos, criticarmos expusermos... Se olharmos, ouvirmos e sentirmos o cheiro de nosso próximo... Mas não tomarmos atitudes, não estaremos nos assemelhando ao Senhor. Deus entrou em nossa realidade (Jo 1.14). Entrou na dimensão social ao vir como homem, entrou na dimensão pessoal ao nos habitar com seu Espírito (1Co 6.19). E nós, temos entrado como na realidade de nosso próximo?

domingo, 15 de novembro de 2009

Depois do fim



Olá amado leitor. Esse mês foi muito atípico para mim. Tive contato com a morte como em nenhum mês anterior. Em um acidente de trânsito, faleceram 3 familiares de um grande amigo meu. Em seguida, realizamos um culto evangelístico no cemitério em virtude da oportunidade de atingir muitas vidas com o evangelho no dia 02/11. Nessa data, o tio de alguns amigos meus veio a falecer e no dia seguinte estava pregando na casa dos enlutados. Então nessa sexta, enquanto me preparava para pregar, minha avó paterna veio a falecer. Nunca tantas mortes tinham se passado ao meu redor. Meu coração experimentou um mês diferente e minha cabeça dói até agora. Mas tudo isso me levou a refletir em muitas coisas e lhe convido a me acompanhar nesse momento. Abra sua Bíblia em Eclesiastes capítulo 7 e leia dos versículos 1-8.
No primeiro versículo o sábio já nos confunde, dizendo que o dia da morte é melhor que o dia do nascimento. Segue afirmando que é melhor ir à uma casa onde a luto do que uma onde existe festa! Isso é assustador a primeira vista. Prossegue afirmando que “a tristeza é melhor que o riso” e que “o rosto triste melhora o coração”. Encerra nosso trecho afirmando que o fim das coisas é melhor do que o começo.
Porque tudo isso? Porque quando vamos a uma festa, enchemos nosso coração de alegrias e prazeres deste mundo. Prazeres que muitas vezes não são pecado. Comemos, conversamos, contamos piadas, curtimos uma boa música. Enchemo-nos de alegria. Mas nossos sorrisos estão repletos de falsidade. Depois de dar boas risadas com um amigo chegamos a casa e falamos mal dele para toda a família... Depois de sorrir diante dos amigos, chegamos em casa e brigamos com nossos entes mas íntimos...
Quando vamos a um velório é diferente. Sentimentos de reflexão e compaixão surgem e nos tornamos mais empáticos. Não a mera simpatia de uma festa, que nada mais é do que sentir junto às alegrias. Mas empatia sentir-se como no lugar do que sofre. Ao ver um rosto amado em um caixão, ao ver os entes desesperados a chorar somos convidados por Deus a meditar. Meditar em como temos vivido e como temos marcado a vida das pessoas que estão ao nosso redor.
Talvez você muitas vezes tenha chegado em casa e descarregado seus problemas sobre seus familiares, ao invés de antes celebrar a família! Geralmente deixamos de expressar nosso amor por aqueles que de fato mais amamos. Passamos uma vida com nossos pais, cônjuges, filhos, avós. Passamos a vida na companhia de nossos familiares e muitas vezes os privamos de nossos abraços, nossos beijos... Isso está errado. É hipocrisia viver bem com os de fora e não com os de casa (1Tm 5.8). A morte nos leva a refletir que hoje estamos aqui e amanha podemos partir devendo aquele abraço, aquele presentinho, aquela palavra de honra.
A morte nos leva a refletir na pequenez de nossa vida, e perceber que o que vale é como as coisas terminam e não como começam (Ec 7.8). Muitos começam bem seu andar na fé e depois vão esfriando. Muitos começam o casamento no maior love e depois de algum tempo estão se matando. Alguns começam projetos, sonhos e nunca terminam nada. Prometem largar o cigarro, a bebida, e nunca largam. Começar geralmente é fácil. É fácil começar a correr uma maratona, mas terminar é o objetivo. Como a estadia na terra é curta, frágil e em segundos alguém que estava aqui já não mais está.
Agora, por favor siga comiga para 2Sm 12.18-24
Davi cobiça a esposa de seu oficial Urias, chama-a e tem intimidade com ela. Ela concebe. Então Davi chama Urias para frente de batalha e este morre. Depois que morre Urias, Davi se casa com aquela mulher, Bate-Seba. Em seguida, Deus faz algo maravilhoso. Ele chama o rapaz que estava no ventre daquela mulher para um ministério poderoso, que impactaria nações! Deus escolhe usar aquele bebê para trazer arrependimento ao coração de Davi! Deus resolve impactar a vida do rei e logo das gerações seguintes... Até os nossos dias, através de um bebê! Que ministério poderoso foi o desse menino, que em poucos dias de vida impactou gerações e até hoje contamos a sua história.
         A morte entrou no mundo por causa do pecado. Mas até a morte Deus usa para trazer vida! Às vezes Deus precisa matar alguns de nossos sonhos! Precisa matar algumas das coisas que tanto almejamos para que junto com elas ele possa matar muita coisa ruim dentro de nós. Para “matar” nossa culpa, teve que matar Seu próprio Filho. Algumas vezes para se matar um inquilino, precisa-se matar a própria árvore!
         E para matar nossos pecados, precisamos deixar morrer nossa velha natureza com tudo que ela tem. Com seus orgulhos, sua soberba... Todos possuímos a triste tendência de querer conquistar as coisas sempre por nossas próprias forças e dificuldade para entender que algumas coisas somente podemos receber e jamais conquistar!
         Estando viva a criança vivia Davi chorou e se entristeceu. Enquanto a criança vivia Davi nem comia. Mas depois que a criança morreu ele se levantou, perfumou-se, comeu e bebeu. E mesmo debaixo das críticas entendeu que não podemos deixar que o inimigo nos enterre junto com os defuntos. E o que ele fez então? Todos podem imaginar Davi andando com o povo, recebendo abraços... Mas Davi foi consolar sua esposa, e teve um relacionamento íntimo com ela: NO DIA DO LUTO! Por mais que pareça uma loucura, Davi fez amor com sua esposa no dia do falecimento de seu filho!
         Davi já entendia o que dizia Jesus: Mt 18.22 “21E outro dos discípulos lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai. 22Replicou-lhe, porém, Jesus: Segue-me, e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos.”
         Talvez você não tenha perdido nenhum parente nos últimos dias. Mas com certeza, a vida já assassinou muitos de teus sonhos. E talvez o próprio Deus tenha matado alguns de teus sonhos. Mas hoje, podes em intimidade com o senhor, conceber novos rumos para sua vida! Poderá ficar grávido de projetos maravilhosos que o Senhor tem para sua vida!
         Se pessoas, sonhos, projetos... Se aquilo ou aquele que te dava esperança de um futuro melhor já não mais existe, busque no Senhor a direção que deverá seguir daqui para frente. Para que na sua vida, o fim das coisas possa ser melhor do que o começo, e revele o Cristo que habita em ti, sendo este sempre sinônimo de um novo começo!



Jesus, o único!


Leia Atos 17.1-9
 O texto começa nos mostrando que Paulo e Silas realizaram uma viagem de aproximadamente 160 km pela via Egnácia, um caminho muito importante. Ao chegar Tessalônica, Paulo não procurou confrontar as autoridades religiosas e o judaísmo, do contrário, tentou mostrar para Ele que precisavam crer em Jesus Cristo. Os religiosos não deram atenção aos missionários. Tudo que eles desejavam era que aqueles chefes da religião compreendessem que seus sacrifícios apenas apontava para Cristo e que agora o único sacrifício verdadeiramente aceitável já havia sido realizado. Cabe bem aqui citarmos Ef 2.8-9 “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; 9 não por obras, para que ninguém se glorie.”
Aqueles religiosos teriam que admitir que não seria pela quantidade de carneiros sacrificados ou pelo tempo lendo a Torá, ou pela caridade. Precisariam admitir que dependiam completamente de Jesus para serem salvos. O orgulho deles não os permitia aceitar isso.
Mas eu lhe pergunto: E se Paulo e Silas entrassem nas Igrejas de hoje? Certamente nós os expulsaríamos de dentro delas! Quem hoje gostaria de ouvir Paulo dizer que a centralidade do evangelho é Jesus em um tempo em que se presa tanto o material, o dinheiro? Quem acreditaria na pregação de Paulo que dizia que é pela graça de Deus, pela misericórdia e não por nossas obras que recebemos a salvação? Em dias em que tudo se vende ou se determina?
Mas em três grupos (Stott defende 4 grupos) a pregação de Paulo surtiu efeito: Judeus, gregos, mulheres de alta posição.
         Judeus: Tinham uma religião que confessava o nome de Deus, mas precisavam receber Jesus como único Salvador. Sacrifícios eram apenas uma placa, uma seta na direção de Jesus. A salvação não viria por obras (Ef 2.8), mas pela identificação com o sacrifício de Cristo.
         Gregos: Não era sua cultura, sua filosofia, seu liberalismo, sua religiosidade (multidão de deuses) que os poderia salvar.  Não poderiam ter César como Senhor. Jesus é o único Senhor.
         Mulheres de alta posição: Sua alta posição só poderia vir de duas fontes: Ou eram esposas de altos oficiais, autoridades na cidade, ou eram sacerdotisas das religiões pagãs, o que as tornaria promiscuas (alguns cultos envolviam prostituição). De uma forma ou de outra, possuíam um altíssimo status social. Precisavam aprender que Deus é o único digno de Glórias (At 12, 21-23)!
Paulo estava desafiando:
Ø Os Judeus a trocarem sua religiosidade por Cristo. A entender que a salvação é pela fé e não pelas obras (Ef 2.8)
Ø Os gregos a trocarem seus deuses por Cristo. 1Tm 2.5 “Porquanto um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”.
Ø As mulheres para colocarem Cristo em primeiro lugar em suas vidas mesmo que isso custasse à aversão das pessoas e a perda de status. Mt 10.33 “mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus”.
Indignados, os religiosos e outros avessos ao ensino de Paulo, reuniram “os perversos dentre os desocupados”. Gente que nunca tem nada pra fazer geralmente se levanta contra os valores do Reino. Se você passa por momentos onde “não tem nada pra fazer”, ocupe-se anunciando o evangelho, orando, lendo a palavra... Como diz o dito popular: “Cabeça vazia é oficina do diabo”.
         Quem organizou o levante contra os pregadores? Os religiosos! E como não conseguiram uma acusação religiosa, acusara Paulo e Silas de sublevação política! Na verdade o caso não é que eles anunciavam outro rei, mas um único rei! Não um rei para competir com César, mas um rei ao qual o próprio César estava sujeito! Só que o reinado desse Rei Jesus não era da mesma natureza que o dos Césares. Estes reinavam unicamente sobre instancias naturais, dentro dos limites de seu território. O Rei Jesus, reina sobre todo o universo, sobre todas as dimensões e instancias da existência. Receber Jesus como Senhor é tão somente sair de um estado de sublevação do qual todos fazemos parte desde o nascimento por causa da opção da humanidade de criar um “estado rebelde” chamado mundo.
         Paulo e Silas estavam seguros de que eram enviados do Senhor aos rebeldes. Sabiam que os rebeldes poderiam prendê-los e matá-los aqui na terra, mas que o seu Rei os traria de volta a vida por toda a eternidade!
         Os que não saem da rebeldia e se sujeitam a Cristo, permanecerão no reino da rebelião, ou como chama a Bíblia, “o reino das trevas”. Cl 1.12-13 NTLH v.12 “E agradeçam, com alegria, ao Pai, que os tornou capazes de participar daquilo que ele guardou no Reino da luz para o seu povo”. ARA v.13“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”. Mas aqueles que pela fé reconhecem que Jesus é o único Mediador, Senhor e Salvador, e vivem de acordo com os ensinos deste Rei, estarão no Reino da Luz desde já e também na eternidade.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Feminicídio é o assassinato de uma mulher. Feminismo é o assassinato de muitas
Sidinei Bühler Kauer

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Missão Integral


         Para quem quer saber mais de Missão Integral, faça o download do PodCast do irmãos.com com a participação de Ariovaldo Ramos e Ed René Kiviz, os dois maiores ícones da MI no Brasil.
        Também sobre MI, duas palestras do Pr. Ariovaldo Ramos. Por favor, não deixe de visitar irmãos.com.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Orando pela cidade


     No dia 10/11/09 reuniram-se na praça pública de Fátima do Sul-MS representantes de diversas Igrejas para orar pela cidade e celebrar o nome de Jesus com a presença do Ministério Templo (Quarteto Vida Nova) e da Missionária Pedrita. Infelizmente, o problema em Itaipú deixou Fátima do Sul completamente no escuro, o que levou a um encerramento precoce da programação. No entanto, foi um passo muito importante para o Reino de Deus em nossa cidade!
     Boa parte do evento foi gravado e está aqui disponível para download. Como a gravação foi feita em um mp3 a qualidade é baixa, mas é possível entender o que se fala.




segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Marginais desgraçados




Você sabe o que é um marginal? Marginal é alguém que está à margem de algo, comumente, à margem da sociedade. Privado das coisas mais básicas que qualquer pessoa[i] tem direito de desfrutar.
Agora o que é um desgraçado? Comumente usamos desgraçado como xingamento, muito embora que o dicionário Aurélio[ii] fale bem da palavra no que se refere ao contexto brasileiro. Entretanto, olhemos para a palavra e veremos que se refere a um des-graçado, um privado da graça. Graça inclusive de Deus. Um desgraçado, podemos dizer, é alguém que caminha longe de Deus e por consequência, não possui VIDA em abundância.
Bom, e se encontrarmos um “marginal-desgraçado”? De modo geral, uma acaba por ser também o outro. Alguém sem a graça de Deus está à margem do Reino de Deus. Um marginal não está desfrutando do Reino de Deus.
Veja o caso dos mendigos. Estão à margem da sociedade, logo, são marginais. Não tem alimentação, moradia e nem vestimentas dignas. Para se consolar, usam a cachaça. Boa parte é endemoninhada. E não digo isso por preconceito. Pense comigo, imagina você sentindo sua barriga roncar todos os dias! Imagine você beber até cair todos os dias e morar em um lugar fedorento e ser chutado pelos transeuntes! Acaso na se enxeria sua alma de amargura, de ódio, de rancor? Não é esse tipo de vida, uma vida desgraçada?
Agora também existem ricos desgraçados (distantes de Deus) e marginais agraciados (socialmente excluídos, mas crentes em Cristo). Mas quero falar sobre os “marginais-desgraçados”. E sobre eles penso o seguinte:
Marginais de outros reinos podem entrar no Reino de Deus; mas depois que entram precisam necessariamente deixar de sê-lo.
Como assim? Você deve estar se perguntando. Não estou dizendo que após a conversão a saída da marginalidade é automática. O que defendo é que nós, que fazemos parte do Reino de Deus, não podemos aceitar que existam marginalizados nesse Reino! Como súditos desse Reino, precisamos entender que o Rei não aceita marginalidade em seu reinado. Quando um marginal do reino do mundo quer entrar no Reino de Deus ele pode, entretanto não pode permanecer na condição em que está! E não que não possa no sentido exclusivo. Não pode no sentindo de que nós, os cidadãos que no Reino residem não podem isso aceitar! É nossa obrigação como cidadãos-mordomos do Reino de Deus oferecer mecanismos que tirem a pessoa de sua condição marginal. Seja econômica, cultural, espiritual ou física.
Rm 14.17 “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”
Estabelecer o Reino de Deus implica em agraciar os desgraçados e incluir os marginalizados, no mais amplo sentido que essas expressões possuem. Pois isso é justo, isto traz paz e somente assim teremos e levaremos a alegria no Espírito Santo!
Por último, marginais-desgraçados somos você e eu, quando nos dizemos filhos do Rei dos Reis e não fazemos nada...



[i] Pessoa é usado aqui como o termo jurídico e se refere a “sujeito de direitos”.
[ii] AURÉLIO, Dicionário. Bras. Pop. Admirável pela habilidade, astúcia, força, inteligência, etc., e até pela boa sorte; infeliz (q. v.): 2 S. m.

O Espírito no espírito



         Dentro do judaísmo vemos o valor grandessíssimo que se dava ao Templo. Toda a religiosidade do povo girava ao redor do templo. As orações eram feitas no templo ou na direção dele (1Rs 8.44-45). Os sacrifícios, os louvores... A religião do Antigo Testamento era completamente dependente do Templo.
         Quando em At 7.48 Estevão fala que “Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas;” os religiosos ficam escandalizados! Tão escandalizados que essa foi uma das principais declarações que levou ao apedrejamento de Estevão (At 7.57ss).
         Continuando no NT, 1Co 3.16-17 diz: “16Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? 17Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.”
         Nós somos o santuário de Deus! Jesus também referendou sobre isso quando conversava com a mulher adúltera (samaritana) em Jo 4.19-24.

19Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que tu és profeta. 20Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. 21Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. 23Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. 24Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.

Qual era a relação entre o povo e o Templo? O Templo era o lugar de perdão[1]. Era lá que se oferecia o sacrifício para perdoar os pecados. Adoração implicava em pedido de perdão, logo, a mulher dizia algo do tipo: “Samaritanos pedem perdão nesse monte, vocês pedem perdão no Templo, qual o lugar certo de pedir perdão?”
E o que Jesus pensava a respeito do lugar de pedir perdão? Também era no Templo, mas num Templo diferente, o mesmo templo que Paulo falou em 1Co 3.16, nós! Isso, nós somos o santuário de Deus
Jesus, Estevão e tantos outros insistiam que agora, se vivia a fé de uma forma profundamente íntima. Que o relacionamento com Deus não se estabelecia mais através do tempo de Jerusalém, mas através do Espírito Santo de Deus se relacionando com o nosso espírito.
Isso não implica em dizer que então podemos viver a religião individualmente. Poderíamos dizer que a salvação é individual mas a vida de um salvo é necessariamente coletiva. O genuíno relacionamento com Deus acontece dentro de você, e esse relacionamento te leva a necessidade de uma vida comunitária. Como diz o lema da FLAM[2] “Cada Cristão como Cristo, cada Igreja como Trindade...”. Deus é um Deus comunitário, Ele em si mesmo já é uma comunidade, Pai, Filho e Espírito Santo.
Mas hoje nos deteremos a falar de nossa devoção pessoal. E esta, que se desenvolve no espírito. 1Ts 5.23 diz: “23O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Enquanto que nosso corpo e alma se dão na dimensão natural, nosso espírito é sobrenatural. Nosso corpo come, bebe, movimenta-se, interage com este mundo. Nossa alma também, ela aprende, amadurece, exercita-se. Nosso corpo e alma se relacionam com este mundo, uns com os outros. Nosso espírito se relaciona com o mundo espiritual. Sim, somos um ser em três parte e logo o espírito interage com as coisas naturais através da alma e do corpo, mas ele mesmo está na dimensão espiritual. Enquanto que um eletrodo enfiado no cérebro pode fazer você recordar de situações, músicas e até mesmo emoções, não existe nenhum equipamento que possa intervir em seu espírito.
Em êxodo 25.22, Deus manda Moisés construir o propiciatório, que ficava no Santo dos Santos dentro do Santuário. Quem olhava de fora para o Santuário, via duas repartições, uma coberta e outra descoberta, mas quem entrava no lugar Santo, percebia que ali existia uma cortina que reservava uma parte especial, o Santo dos Santos onde Deus falava.[3]
Nenhuma dessas partes pode existir individualmente. Não encontramos na Bíblia nenhum espírito humano desencarnado. Jesus nos deu o modelo de tudo, inclusive de ressurreição. E como ele ressuscitou? Completo! Com um corpo, glorificado sim, mas um corpo! Entretanto, a principal das partes que devemos zelar e proteger é o nosso espírito.
Muitos de nós vivemos preocupados com a saúde, e embora isso seja importante, na ressurreição teremos nosso corpo na melhor forma possível. Nos preocupamos muito com nossa alma e então nos informamos, fazemos cursos, conhecimento... Buscamos saciar corpo e alma com lazer, esportes, comidas gostosas... Mas e nosso espírito? Bem, este geralmente fica magérrimo e atrofiado em algum canto do nosso ser.
A parte mais importante do Novo Tabernáculo está cheia de teias de aranha. Você certamente já assistiu dribles no futebol que pensou consigo mesmo: “Isso é montagem”. Já olhou aqueles filmes de luta onde disse: “Isso só pode ser efeito especial”. Pois é, mas acontece que tem muitos desses dribles e golpes que parecem montagem e não são. Imagine agora que você descobriu que uma cena de um filme que sempre achou que era montagem não era e tenta fazê-la. O que acontecerá? Bem possivelmente vai se machucar.
Muitos de nós nos fechamos ao sobrenatural, pois ouvimos falar das coisas espirituais, e justamente por estarmos atrofiados, imaginamos ser impossível que tais coisas aconteçam. Quando eu digo que já corri 30Km as pessoas olha para mim e dizem que é mentira. Sim, porque hoje eu não conseguiria corrê-los novamente, porque estou fora de forma. Mas se eu voltar a treinar poderei correr. Entretanto, se hoje eu quiser provar que consigo e iniciar a corrida, provavelmente alguém vá me encontrar sentado no chão aos 15 km com terríveis dores nas pernas...
Muitas pessoas vivem anos sem experimentar nada do sobrenatural de Deus, estão com seus espíritos atrofiados e quando se abrem um pouco, acabam se machucando ainda mais porque querem logo correr uma maratona!
As Igrejas estão cheios de pessoas com espíritos mirrados. A parte mais importante de nosso ser tem sido esquecida. O que fazer então? Podemos começar orando. A oração é à base do relacionamento com Deus. Sem oração nosso espírito fica atrofiado. Talvez você tenha escutado testemunhos de pessoas que oram horas por dia e pese que jamais conseguirá isso. Bom, mas você não precisa comer orando uma hora. Pode começar orando um pouco e ir aumentando até atingir um patamar de intimidade com Deus que agrade a ambos.
Também a leitura da Bíblia é sobrenatural. Enquanto você a lê o Espírito de Deus trabalha no seu coração, mudando seus conceitos, lhe fazendo alguém melhor. Outro exercício espiritual é o jejum. Sabemos que nossa tendência durante o jejum é ficarmos um pouco mais tensos (até bravos)  e nosso corpo fica mais fraco. Então não é em sua essência um exercício para corpo e alma, embora os ajude. É um exercício espiritual. A oração em línguas também é uma maneira de edificação poderosa (1Co 14.4). O Apóstolo Paulo valorizava muito a oração em línguas (1Co 14.18). Paulo diz que orava em línguas mais do que todos daquela igreja, e olha que eles não oravam pouco! Entretanto, ele mostra a prioridade do uso desse dom no particular ou com interpretação.
Não é porque tem muita gente por ai fazendo coisa errada que iremos abrir mão do que e correto! A oração em línguas é sim uma grande bênção para a Igreja, senão o Paulo não perderia tempo orando horas em línguas! Os milagres acontecem sim! Marcos 16.16ss mostra que os sinais seguiriam os que cressem e nós somos esse povo que crê! Precisamos nos mover no sobrenatural! Precisamos exercitar nosso espírito! Senão vamos sobrecarregar o corpo e a alma de prazeres e feitos e jamais nos saciaremos, porque quem está faminto é o espírito, e o espírito só é saciado em um relacionamento com Deus.
Verdade é que muitos exercitam seus espíritos se envolvendo com Satanás, mas todo “crescimento” com o diabo não passa de anabolizante e traz suas consequências.




[1] RAMOS, Ariovaldo. Conceito de Adoração como Perdão. In: <www.ariovaldoramos.com.br> acessado em novembro de 2009.
[2] Faculdade Latino Americana de Teologia Integral. In: <http://www.faculdadelatinoamericana.com.br> acessado em novembro de 2009.
[3] SUBIRÁ, Luciano. Dele vieram muitas ideias presentes nesse estudo. In.< http://orvalho.com> acessado em novembro de 2009.

sábado, 7 de novembro de 2009

"Não são as lágrimas que trazem dor ao pranto; mas a areia que está em nossos olhos". S. B. Kauer

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Quarteto Templo na Lanchonete

O Quarteto Templo deu uma passada no Xaxa lanches e juntamente com um pastor da Indonésia (cujo nome não sei escrever) e acabaram dando uma "palinha".




O Pr. Indonésio, contou um pouco das dificuldades que existem em seu país, como as constantes perseguições aos cristãos, envolvendo até mesmo a morte de muitos. As igrejas menores de 300 membros precisam funcionar na ilegalidade, pois são proibidas de se registrarem perante o governo. Orem pela Indonésia.